Aperte o [ENTER]


“Não te dizer o que penso, já é pensar em dizer”. Foi com esse trecho de uma das músicas dos Los Hermanos que fiquei me perguntando a respeito de quantas vezes nos autocensuramos para evitar falar o que pensamos, com medo do que possa gerar de repercussão para aqueles que estão perto da gente ou lendo o que estamos falando.
            Costumo dizer que o botão delete do teclado é o nosso melhor amigo, quantas vezes estamos digitando algo no MSN, no Twitter, onde quer que seja e quando vimos que o que iríamos dá o enter poderia ser mal interpretado, parecer tendencioso, ofensivo, venenoso, enfim! E apagamos tudo o que iríamos falar, fico analisando e vendo que esse tipo de atitude só nos priva de falar tudo aquilo que estamos com vontade, e ficamos com aquilo preso! Eu mesmo fico agoniado quando não consigo dá o enter em tudo que to a fim de falar! Mas fazer o quê, tudo pelo bem viver em sociedade.
            O mesmo ocorre fora do computador. Quantas vezes no nosso convívio social nos deparamos com situações em que temos que ficar pensando zilhões de vezes antes de dá um bom dia, por exemplo, ou em outras questões, como por exemplo, perguntar pra alguém “Quer ir ao cinema comigo?”, enfim, muitas vezes penso que é tudo covardia, medo de parecer atrevido, mas pelo prefiro analisar mesmo como uma dose grande de bom senso.
            É muito difícil conseguir colocar na mesa tudo que se passa em nossa cabeça, sair falando sem parar tudo que nos inquieta, o que nos da medo, o que nos deixa feliz, o que desejamos. Mas é algo que eu venho tentando fazer aos poucos, sair mostrando o meu ritmo para as pessoas que tão perto de mim, ir mostrando aos poucos o que sou, mesmo que nem sempre possa parecer tão agradável. Fica ai a dica para vocês.
            Menos delete e mais enter!

1 comentários:

{ Lua Melo } at: 5 de maio de 2011 às 17:05 disse...

Faço questão de apertar o enter pra postar meu comentario a respeito do post.
Eu acho fantástico essa capacidade de escrever sobre coisas corriqueiras da vida cotidiana.
As vezes se quer poetizar demais e se esquece o essencial.
Gostei muito da reflexão, é bem meu estilo.
Parabéns!

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