Bom dia! Por nada!

          

             Hoje foi meu primeiro dia de trabalho em 2011, na verdade era pra ter sido ontem, mas devido à minha asma de estimação fiquei impossibilitado de ir trabalhar. Costumo falar (aos mais chegados), que minha asma é conveniente a mim, acredito que ela nota minhas vontades e age de alguma forma em meu favor, mas não quero falar sobre esse tema hoje. Hoje me senti motivado a falar sobre uma questão que observo a pouco mais de 4 meses, desde que entrei no trabalho, que o preço de um “Bom dia!”, “Por nada”.
            Confesso que nem sempre sou bem receptivo às pessoas que chegam lá no trabalho, na maioria das vezes nem falo, e dou a impressão de que quero me livrar logo delas e atender o próximo (o que não deixa de ser verdade), e também em muitos casos não me expresso oralmente aos “Bom dia!”, “Obrigado moço” que escuto nas 8 longas e massacrantes horas de trabalho diário que enfrento de segunda a sexta, respondo às pessoas com aquelas conhecidas “mexidas de cabeça” que normalmente querem dizer “Bom dia senhora”, “Por nada, moço”, noto que quando faço isso o povo fica meio enfurecido com minha reação e ainda mais, às vezes escuto “Que rapaz grosso”, “Seu mal educado”, “isso é um mal amado”, caio logo na gargalhada! Daí me pego a me questionar: Por que as pessoas necessitam tanto de respostas? A necessidade de ter resposta para um simples bom dia é motivada pela carência ou apenas por uma questão de educação?
            Tenho duas linhas de raciocínio para essa questão, a começar pela mais racional que é a questão da educação. É óbvio que quando saudamos alguém esperamos que a pessoa que recebe a saudação nos responda, isso já é normal no cotidiano da gente. A idéia seguinte é a mais emoção, que é a que acredito que tem mais fundamentação. Tenho notado que as pessoas da sociedade contemporânea estão sempre buscando serem vistos, aceitos, queridos, amados, e principalmente ouvidos, que é a questão dessa necessidade de ouvir respostas de simples coisas, como por exemplo, um “bom dia!”
            No primeiro período da faculdade, quando paguei a disciplina de TGA I, conheci a Pirâmide de Malsow (vide figura ao lado), ela fala sobre a hierarquia das necessidades humanas, e essa necessidade de ouvir, ser ouvido, está inserida nessa pirâmide no bloco das necessidades sociais. Eu mesmo sou desses que tenho essa necessidade, quando não consigo ouvir e ser ouvido, esboço o mesmo comportamento que as pessoas tem comigo quando não sou receptivo aos seus questionamentos.




            Pois é, vivemos em um mundo de pessoas carentes e repletas de necessidades, como lidar com tudo isso? A convivência é um grande desafio!

2 comentários:

Anônimo at: 4 de janeiro de 2011 às 15:34 disse...

O que um simples "Bom dia" não faz né? Muda o mundo! Muito legal! Abraço!

{ Redação } at: 6 de janeiro de 2011 às 16:45 disse...

O problema é seu; o sorriso é do outro. Tu precisa é de terapia. Busque tratamento! =P

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